Nesta semana, o técnico Bernardinho completou dez anos no comando da seleção masculina de vôlei. Foi uma década que transformou esse esporte no Brasil.
Uma rotina de títulos em uma década. Em 2001, Bernardinho trocou a seleção feminina pela masculina, ele e um grupo de craques revolucionaram o vôlei.
“Provaram ao mundo que não é uma ditadura de gigantes. Há muito mais coisas envolvidas no voleibol”, diz Bernardinho.
Oito títulos da Liga Mundial. Três títulos mundiais. Um ouro olímpico. Disputou 35 campeonatos e conquistou 27 títulos. Em dez anos, mais conquistas do que em todo o restante da história do vôlei brasileiro.
"O Bernardo mesmo fala. 'Hoje, seu falasse pra vocês: vamos fazer dez anos de sacrifício, mas ganhar tudo. Vocês encarariam? Até arrepia, né?'”, avalia o jogador Giba.
Depois de tudo isso, depois de tantas conquistas seria normal dar um ponto final, mas não para Bernardinho.
"O que me motiva a continuar por mais uma década realmente é poder estar na quadra. Poder voltar lá para novos desafios. Novas gerações surgindo, novos jogadores a serem trabalhados e desenvolvidos, novos adversários a serem batidos. É esse desafio que me motiva. Eu adoro aquilo que eu faço e quero continuar fazendo por muito tempo ainda”, declarou Bernardinho.
Ele pensa longe mesmo. “Precisamos começar uma nova década como nós começamos há dez anos atrás. Quero ter um time campeão, com cabeça de aspirante, como quem nunca ganhou nada”, conta o técnico.
O melhor dessa década vitoriosa que passou é constatar que, se depender de seu principal personagem, a história ainda está só na metade.
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